Luana Triginelli é psicóloga e
coordenadora
do programa de emagrecimento da
Clin Escultural.
50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal, e destes, 17,5%
são obesos, é o que indica a Pesquisa
Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.
A maioria das pessoas acredita que a obesidade esteja relacionada
a questões genéticas e ao consumo inadequado de alimentos. Porém, muitas não
sabem que problemas psicológicos podem influenciar os hábitos alimentares.
O emagrecimento se baseia em três fatores: reeducação alimentar,
atividade física e equilíbrio psicológico. Primeiro, precisamos emagrecer a
mente! E necessário eliminar os gatilhos que nos fazem comer pela emoção e
ansiedade.
A ansiedade e o estresse, pode ser fator muito determinante para a
obesidade, já que leva as pessoas a comerem alimentos mais fáceis. A tendência
a comer algo mais calórico é maior, já que na maioria das vezes, o doente pensa
em oferecer a si algum benefício como, por exemplo: “hoje estou muito ansiosa,
acho que mereço um chocolate”.
Várias pessoas comem como resposta a emoções negativas como
tristeza, tédio e raiva. Aquelas com depressão, baixa autoestima e transtornos
de compulsão alimentar podem ter mais dificuldades para emagrecer, destaca a
psicóloga. Nesse sentido, ela orienta sobre uma mudança de comportamento.
A pessoa tem que entender que ela precisa mudar o seus pensamentos
e não somente os hábitos alimentares. Temos que colocar na cabeça dela que, ao
invés de comer algo calórico ele pode optar por uma fruta... até que essa ação
seja automática. A pessoa tem que entender que a obesidade é uma doença e se
ela não se cuidar e manter o mesmo padrão de vida sempre, será sempre obesa.
Nesse momento, o psicólogo deve atuar e fazer com que o paciente tenha
consciência dos seus padrões de comportamento, revisando e entendendo qual e a
relação do seu estado emocional com a comida. Com certeza, gerará uma mudança
do pensamento e do comportamento.
Outro ponto importante é que a maioria das pessoas que faz dieta
sabe que precisa refletir sobre as diversas tarefas que tem que trabalhar: alimentar-se
de forma nutritiva, emagrecer devagar, fazer da dieta uma prioridade, ter bons
hábitos alimentares, ser tolerante à fome e ao desejo incontrolável de comer,
fazer exercícios físicos, abster-se de comer pelo emocional e se manter
motivada. Porem, muitas delas ou não sabem cumprir essas tarefas ou não sabem
como se envolver de forma consistente para cumpri-las.
Quando as pessoas aprendem a pensar mais realisticamente,
trabalhando com os pensamentos sabotadores e adotando comportamentos
alimentares funcionais, sentem-se melhores e mais aptos a alcançarem suas metas”,
finaliza.
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