Por Ricardo Soares - Educador físico especializado em atividades para grupos especiais da Clin Escultural e, membro da ABESO - Associação Brasileira de Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica.
O Relatório de Desenvolvimento Humano 2014, divulgado pela ONU, em
24 de julho, mostra que a expectativa de vida no Brasil aumentou de 62,7 anos
em 1980, para 73,9 em 2013, o que equivale crescimento de 17,9% ou 11,2 anos.
Mas, se vivemos mais, qual é a real qualidade dessa longevidade?
Será possível obter uma vida saudável e longa, sem atividades físicas? O
sedentarismo é um dos comportamentos que mais degrada a saúde. Infelizmente não
existe remédio ou tratamento que possa melhorar nossa saúde e condicionamento
físico a não ser o movimento.
É importante lembrar que os níveis de atividades cotidianas com
gastos energéticos significativos só diminui, fator que contribui para a
aquisição de doenças crônicas degenerativas.
Nesse sentido, a tecnologia, nossa atual grande aliada, se tornou
uma vilã, partindo-se do ponto de vista de que cada vez mais, precisamos
empenhar menos força para executar nossas atividades. A revolução industrial,
portanto, é o marco inicial do nosso baixo gasto energético, decorrente do
menor uso de nossas capacidades físicas.
Em um passado não muito distante, não era tão necessário ter que
dedicar uma hora do seu dia à prática de exercício físico em academia ou ao ar
livre, pois as atividades diárias, por si só, já garantiam os estímulos
necessários para seu corpo gastar e fazer a manutenção da força e capacidade
aeróbia.
Logo, é evidente que o nosso modelo hipocinético, isto é, de pouco
movimento corporal precisa ser repensado, afim de que a longevidade que estamos
adquirindo possa ser para aproveitar a vida de forma saudável e não fugir da
morte. Lembre-se que viver é diferente de estar vivo.
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