segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O que posso fazer para ser mais ativo e saudável?


Ricardo Soares - educador físico da Clin Escultural



Você já parou para responder à essa pergunta?

Entendendo o sedentarismo como ausência da prática de esporte e o baixo gasto energético em atividades de vida diária, vou apresentar algumas possibilidades.

Pensando em suas tarefas do cotidiano, te convido a pensar sobre o seu meio de transporte para o trabalho e lazer, o ambiente em sua casa e trabalho, e suas formas de lazer.

Para o transporte, se você usa ônibus ou metrô, por exemplo, imagine a possibilidade de descer um ou dois pontos antes do local que você já costuma parar, ou ainda se o trânsito estiver ruim, o quanto seria proveitoso, caminhar enquanto tudo está parado? Isso te livraria do stress e ainda te protegeria de ficar em um local fechado, com varias pessoas que podem transmitir algum vírus, como a gripe, por exemplo.  E nos elevadores do trabalho, também seria prudente controlar o uso, não é? Alguns andares de escada não fariam mal a ninguém.

Penando no ambiente de sua casa, se morar  em apartamento, tente evitar o elevador. Algumas atividades parecer banais, mas promovem um gasto energético interessante como, por exemplo, varrer, lavar louça, lavar roupas (sem lavadora)... uma faxina promove um bom gasto energético! Cuidar do jardim! Sei que você deve estar pensando, mas que estranho, que proposta “indecente”, mas quero explicar que , caso não goste dessas atividades, com certeza, deixará de gastar energia que em um balanço calórico positivo se transforma em gordura. A escolha de usar esses recursos é toda sua, porem se opta por não fazer, lembre que em algum momento essa energia não gasta irá aparecer!

Pensando no seu lazer, vamos dividir as atividades em passivo e ativo. Na primeira opção,  estão assistir TV, navegar na internet, ir ao cinema, a teatro, ler, sair para bares e restaurantes, entre outros. No lazer ativo, você pode sair para dançar, jogar boliche, jogar futebol, vôlei, peteca, nadar, andar de bicicleta, ir ao parque, brincar com as crianças, alguns jogos de vídeo game etc. Tudo isso proporciona uma boa movimentação e um gasto energético muito interessante.

Estudos demonstraram que, se tivéssemos o mesmo nível de movimentação de duas gerações atrás, possivelmente o nível de obesidade e sobrepeso seriam menores, eles afirmam que gastamos muito menos energia e por isso o balanço energético é positivo! Se você estiver disposto a usar essas dicas, é certo que consiga benefícios para saúde física e mental.

Caso não veja essa possibilidade, por questões de tempo, rotina muito apertada, segurança, enfim, sempre arrumamos um bom motivo para justificar o não fazer, pense no mínimo em realizar 150 minutos de exercícios aeróbios por semana. Este é o posicionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) para qualquer individuo, independente de gênero, raça, peso saudável ou não.

Esse volume pode ser dividido de 3x de 50 minutos ou ate 7 vezes de 22 minutos por dia. Será que ainda sim você acha que não tem tempo?! Imagine 22 minutos de caminhada seriam 1,52 por cento do seu dia, o que te proporcionará uma vida saudável menos propensa a doenças crônicas adquiridas por falta de movimento. Ainda sim você acredita que não tem tempo?! Cuidado quem não tem tempo para cuidar da saúde, acaba tendo que arrumar para cuidar da doença! Obrigado pela atenção! Conte com nossa equipe!


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Problemas psicológicos podem gerar obesidade.


Luana Triginelli é psicóloga e coordenadora
do programa de emagrecimento da Clin Escultural.





50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal, e destes, 17,5% são obesos, é o que indica a  Pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.

A maioria das pessoas acredita que a obesidade esteja relacionada a questões genéticas e ao consumo inadequado de alimentos. Porém, muitas não sabem que problemas psicológicos podem influenciar os hábitos alimentares.

O emagrecimento se baseia em três fatores: reeducação alimentar, atividade física e equilíbrio psicológico. Primeiro, precisamos emagrecer a mente! E necessário eliminar os gatilhos que nos fazem comer pela emoção e ansiedade.

A ansiedade e o estresse, pode ser fator muito determinante para a obesidade, já que leva as pessoas a comerem alimentos mais fáceis. A tendência a comer algo mais calórico é maior, já que na maioria das vezes, o doente pensa em oferecer a si algum benefício como, por exemplo: “hoje estou muito ansiosa, acho que mereço um chocolate”.

Várias pessoas comem como resposta a emoções negativas como tristeza, tédio e raiva. Aquelas com depressão, baixa autoestima e transtornos de compulsão alimentar podem ter mais dificuldades para emagrecer, destaca a psicóloga. Nesse sentido, ela orienta sobre uma mudança de comportamento.

A pessoa tem que entender que ela precisa mudar o seus pensamentos e não somente os hábitos alimentares. Temos que colocar na cabeça dela que, ao invés de comer algo calórico ele pode optar por uma fruta... até que essa ação seja automática. A pessoa tem que entender que a obesidade é uma doença e se ela não se cuidar e manter o mesmo padrão de vida sempre, será sempre obesa.

Nesse momento, o psicólogo deve atuar e fazer com que o paciente tenha consciência dos seus padrões de comportamento, revisando e entendendo qual e a relação do seu estado emocional com a comida. Com certeza, gerará uma mudança do pensamento e do comportamento.

Outro ponto importante é que a maioria das pessoas que faz dieta sabe que precisa refletir sobre as diversas tarefas que tem que trabalhar: alimentar-se de forma nutritiva, emagrecer devagar, fazer da dieta uma prioridade, ter bons hábitos alimentares, ser tolerante à fome e ao desejo incontrolável de comer, fazer exercícios físicos, abster-se de comer pelo emocional e se manter motivada. Porem, muitas delas ou não sabem cumprir essas tarefas ou não sabem como se envolver de forma consistente para cumpri-las.

Quando as pessoas aprendem a pensar mais realisticamente, trabalhando com os pensamentos sabotadores e adotando comportamentos alimentares funcionais, sentem-se melhores e mais aptos a alcançarem suas metas”, finaliza.


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O sedentarismo na contemporaneidade

Por Ricardo Soares - Educador físico especializado em atividades para grupos especiais da Clin Escultural e, membro da ABESO - Associação Brasileira de Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica.


Observando minha prática profissional e meu convívio social, percebo, cada vez mais, um uso equivocado do termo sedentarismo como sinônimo da falta de prática de exercícios físicos regulares ou ainda de uma atividade esportiva. Diante da recorrência de tal equivoco, resolvi esclarecer o tema aqui no blog da Clin Escultural.

A grande questão, é que qualquer pessoa que não atinja um gasto calórico de 1500 Kcal por semana com atividades corriqueiras, como caminhada nos percursos de ida e volta do trabalho, cuidados com a casa, jardim e ou faxina, por exemplo, já são consideradas sedentárias. Mas, vale ressaltar, que mesmo as pessoas que consigam ter esse valor de queima de calorias apenas com suas atividades do dia a dia, precisam fazer algum tipo de atividade física para garantirem a manutenção da boa saúde.

O fato é que, a pouca movimentação corporal, favorecida pela tecnologia, promove efeitos nocivos em nosso corpo! Ao considerar o advento tecnológico como resultado da revolução industrial, entende-se que sua gênese está na própria relação de ruptura do artesanal, acarretando o menor gasto energético dos indivíduos, em função de uma forma mais rápida e eficiente de se fazer um mesmo trabalho.

Isso significa que, a cada dia, gastamos menos energia, trabalhamos mais tempo do que a quantidade efetiva para a qual somos contratados, ficamos muito cansados do ponto de vista cognitivo e, como resultante desses fatores, sobra-nos menos tempo e animo para nos cuidar.

Pesquisas mostram que o sedentarismo contribui para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis (doença arterial coronariana, Diabetes tipo II, Câncer de cólon e de mama)  e que elas podem ser evitadas a partir do momento em que os indivíduos sedentários começam praticar alguma atividade física, prática que também gera um ganho em longevidade.

A equipe Clin Escultural busca apresentar estratégias que podem favorecer o seu processo de mudança de hábitos em relação ao sedentarismo e, assim, mudar o quadro de excesso de peso e propensão a doenças crônicas adquiridas. Agende uma consulta.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Dicas Clin Escultural no Dia do Profissional da Educação Física

Por Ricardo Soares - Educador físico especializado em atividades para grupos especiais da Clin Escultural e, membro da ABESO - Associação Brasileira de Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica.


O Relatório de Desenvolvimento Humano 2014, divulgado pela ONU, em 24 de julho, mostra que a expectativa de vida no Brasil aumentou de 62,7 anos em 1980, para 73,9 em 2013, o que equivale crescimento de 17,9% ou 11,2 anos.

Mas, se vivemos mais, qual é a real qualidade dessa longevidade? Será possível obter uma vida saudável e longa, sem atividades físicas? O sedentarismo é um dos comportamentos que mais degrada a saúde. Infelizmente não existe remédio ou tratamento que possa melhorar nossa saúde e condicionamento físico a não ser o movimento.

É importante lembrar que os níveis de atividades cotidianas com gastos energéticos significativos só diminui, fator que contribui para a aquisição de doenças crônicas degenerativas.

Nesse sentido, a tecnologia, nossa atual grande aliada, se tornou uma vilã, partindo-se do ponto de vista de que cada vez mais, precisamos empenhar menos força para executar nossas atividades. A revolução industrial, portanto, é o marco inicial do nosso baixo gasto energético, decorrente do menor uso de nossas capacidades físicas.

Em um passado não muito distante, não era tão necessário ter que dedicar uma hora do seu dia à prática de exercício físico em academia ou ao ar livre, pois as atividades diárias, por si só, já garantiam os estímulos necessários para seu corpo gastar e fazer a manutenção da força e capacidade aeróbia.

Logo, é evidente que o nosso modelo hipocinético, isto é, de pouco movimento corporal precisa ser repensado, afim de que a longevidade que estamos adquirindo possa ser para aproveitar a vida de forma saudável e não fugir da morte. Lembre-se que viver é diferente de estar vivo.